e a Rita anunciou que queria vomitar. As crianças não anunciam. Vomitam e pronto. Sujam tudo num raio de um quilómetro, camas, roupas, paredes e sapatos das mães. Mas a Rita anunciou e eu aproveitei a benesse e levei-a a correr para a casa-de-banho e ajoelhei-a ao pé da sanita onde só podia correr bem. Agradeci aos santinhos não ter que andar a limpar vomitados àquela hora, mudar camas e papéis de parede (não tenho papel de parede, mas apeteceu-me escrever, para dar mais dramatismo à coisa). Ia ser tudo muito controladinho, nada de jactos projectados no tecto do quarto. Mas já se sabe que nunca é assim. E ela na altura do "expulsanço" dos restos do jantar, decide desviar estrategicamente a cara e vomitar não para um buraco hermético, com meio metro de diâmetro, mas sim para cima da sua mãe. Foi assim do género, mãe tão querida que estás aqui a segurar-me a testa, não quero que te falte nada para contares depois no teu blog, vou fazer um esforço e vomitar para cima de ti. Toma lá com as minhas entranhas e amanhã já tens paleio para escrever.
A sanita ficou imaculada. De mim já não se pode dizer o mesmo.
Ora fiquem lá com esta bonita imagem.