27.11.06

Ontem vi o filme

Paris je t'aime e no meio de algumas histórias bem engraçadas e outras, na minha opinião bem dispensáveis, houve uma que me marcou. Contava a história de uma mãe que acordava muito muito cedo e deixava o filho bebé muito muito cedo também, num berçário, cheio de caminhas, inóspito, triste. O filho chorava e a mãe partia com o coração angustiado e apanhava várias tranportes, metro, autocarro, combóio para chegar muito tempo depois à casa onde trabalhava e onde tratava de um bebé da mesma idade do filho.

Tinha que deixar o filho dela o dia inteiro entregue a outros, para tratar do filho de outra o dia inteiro.

Sei que esta história é a história de milhões de mães no mundo inteiro, mas fico contente de não ser a minha e de poder ser eu a cuidar das minhas filhas (com ajudas claro, que não sou a super-mulher), mas sei que tenho dias em que ponho em causa a minha decisão, ou porque ando mais cansada, ou porque tenho pouco tempo para as minhas coisas, mas de facto, tanto elas como eu somos privilegiadas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tu não vives esse paradoxo que se vive no filme mas no entanto tomaste uma decisão que para muitas mulheres também é dificil... :)

Umbigo disse...

pois, eu tenho a sorte de poder continuar a trabalhar em casa, claro que a outro ritmo, e menos do que se trabalhasse fora. Acho que não conseguiria vir para casa ser apenas mãe, preciso de estar ocupada, de fazer coisas na minha área, de inventar, até porque gosto muito do que faço, mas é bom poder ir buscar a joana à escola a horas decentes e é bom ver as 1ªas vezes de tudo, os primeiros passos, palavras, brincadeiras, ao vivo e a cores! mas tb tenho dias que preciso de respirar e não pensar em fraldas, leites, ranhos, sestas. e aí entram os avós, e os tios e quem mais quiser ajudar. e são dias que sabem mesmo bem.

Umbigo disse...

Obrigada Maria! e cláudia aahahaah
pois, com 5 deve ser impossível mesmo. Eu com 2 já me vejo grega para dar conta do recado...