23.3.07

Hoje as meninas

dormem em casa dos meus pais e amanhã vou dormir até rebentar.

Com o telefone ao meu lado para não acontecer como no outro dia, em que a Joana teve um ataque de laringite (que dá uns sintomas que parecem um edema da glote, falta de ar, dá ideia que a garganta está entupida, uma tosse de cão) uma coisa um bocado assustadora, que nunca lhe tinha acontecido e que tinha logo que acontecer às 3h da manhã em casa dos meus pais.

Ligaram-nos infinitamente e não ouvimos absolutamente nada. Como as meninas não estavam em casa, acho que dormi em "modo profundo" e só ouvimos de repente um tocar descontrolado de campainha às 4h30. Entrei em pânico a imaginar quem poderia estar a tocar àquela hora e daquela maneira. Meti na cabeça que só podia ser um ladrão (não interessa aqui saber porque achava que um ladrão ía tocar à campainha, eram 4h30 da manhã, ok?).

Mesmo com o coração aos saltos e em pânico total levantei-me tipo mola em direcção ao corredor, assim um bocado armada em esperta mas sem a noção e o Nuno a dizer-me para esperar. Espreitei no corredor, estava tudo escuro. E muito silêncio. Mas de repente vi uma nesga de luz no chão do hall, vinda da porta da rua. (não me lembrava que tinha metido a tranca na porta que só deixa abrir a tal nesga). Só disse ao Nuno: estão cá dentro. (Agora a música do Psycho ficava aqui muito bem.)

E na minha cabeça passaram algumas imagens de mim a dar uma trolitada num ladrão com um candeeiro, tal e qual cena de filme. O Nuno gritou: quem é? E pronto, a cena de filme e da trolitada ficaram por ali quando ouvi a voz do meu pai coitado, com a Joana ao colo, eram 4h30 da manhã e ela mal respirava. Com um corticóide ficou logo melhor e dormiu bem o resto da noite e acordou como se nada fosse. Mas coitados dos meus pais, o susto que apanharam, o meu pai ter que saír com ela de casa àquela hora, em pleno inverno, depois de muitos telefonemas em vão.

Resultado, quando dormem lá, durmo com os telefones todos ao meu lado e agora tranco a porta mesmo com chave, porque me fez muita impressão ver a nesga de luz no chão e a porta entreaberta no meio da escuridão. E ainda me espanto com as imagens de filme de acção que passaram pela cabeça naqueles poucos segundos, como se fosse capaz de alguma coisa do género.

1 comentário:

Anónimo disse...

Visto agora até que tem graça. Mas deve ter sido um stress... Dorme muito bem!!!