12.2.09

A Rita.

Em casa anda muito mais bem disposta, mais calma, obediente e feliz. Mas sinto que se bate agora muito mais por atenção minha quando a Joana está por perto, do que há umas boas semanas atrás. Os ciúmes também invadem os mais pequenos e têm eles muita razão.

As dores de barriga continuam, numa base diária há quase 4 semanas. Ou está a brincar distraída e curva-se sobre a barriga ou são daquelas que só aparecem quando mete o pé na escola. Anteontem fez uma ecografia abdominal e renal e foi tudo visto de uma ponta à outra. Tirando a barriga distendida por gases e uns gânglios não sei quê que a ecografista não valorizou, não há nada de estranho. Talvez precise de voltar ao aero-om como quando era bebé.


Na escola tivémos uma conversa com a educadora e fiquei aliviada de saber que ela está muito atenta à Rita e a tentar diversas estratégias para a fazer sentir melhor. Já não iam ao recreio há mais de 2 meses e isso também mexeu de alguma forma com os miúdos. Mesmo assim ela diz que a Rita está lindamente quando são actividades organizadas, pintar, colar, trabalhar. Mas que fica completamente perdida na altura da brincadeira livre. Que necessita de muita atenção de um adulto porque quer conversar ou que lhe leiam um livro e que se a tiver, fica outra. Diz ela que quando vir que a Rita está aborrecida com a brincadeira livre, que a vai pôr nalguma actividade mais direccionada. Só não sei se isso é fácil de implementar com os outros miúdos lá pelo meio também provavelmente a quererem fazer o mesmo.

A Rita é uma menina que fala pelos cotovelos, diz tudo e conversa muito bem, mas pouca gente conhece esta sua faceta porque como anda muito tempo de chucha, fica mais introvertida. E a educadora referiu o facto de só agora é que se apercebeu da bagagem verbal da Rita, porque ela está tanto tempo caladinha e tristonha que não se mostra verdadeiramente.


Outra questão que eu acho que é um dos pontos fulcrais neste assunto da escola é a hora de almoço. Pelo que soube hoje, eles já vão forçando os miúdos a comerem sozinhos. Ora a Rita em casa só come a fruta pela sua mão. O resto é tudo dado à boca porque para mim agora a prioridade é que ela coma, o que nem sempre acontece, e portanto isso fica para outra altura. Na escola forçam-na a isso e claro que acaba sempre o almoço lavada em lágrimas. Desde 2ª feira que a educadora lhe dá o almoço e não a pressiona a comer o que não quer, e tem corrido bem melhor. Fiz o contrário que a maioria dos pais faz, frisei que não quero que a pressionem a comer, nem que a chateiem para comer legumes e que se não comer não comeu. Só quero que ela perca a aversão que tem ao almoço na escola e acho que por aí já vamos melhorar um bocado a coisa.

Mas enfim, fiquei mais descansada, apercebi-me que a educadora está disponível e que dentro do possível está a tentar solucionar alguns dos pequenos "dramas" da Rita.

Acho que estamos no bom caminho. E com este sol tudo parece mais fácil.

3 comentários:

Menina Rabina disse...

Acho que essa questão do almoço é que estava a estragar a vontade de a Rita ir para a escola. Se não a obrigarem a comer e não houver dramas que a traumatizem de alguma forma, ela depressa ultrapassa o que se passou e começa a ter mais vontade de ir. As crianças não gostam nada de ser forçadas a fazer coisas que não gostam! Temos que ir adoptando estratégias, de forma a fazerem as coisas, mas sem forçar.
Vai tudo correr bem!
Beijinhos

Anónimo disse...

Eles têm sempre razão, é o que é! Força, Ritinha, cospe-lhes os broqueles e as cinoiras. E comer sozinhos aos 2 anos...ai, ai, só de quem só sabe aquilo que vem nos livros.
O Chapéu do Palhaço

Umbigo disse...

podes crer, se os miúdos estiverem abertos a isso, acho que é de ir tentando. agora se a Rita acabava lavada em lágrimas é porque se tinha mesmo que mudar de estratégia.
beijinhos