4.8.10

No passado fim-de-semana

na Costa Nova, uma praia (onde eu passava os Verões em pequena) selvagem, cheia de arbustos para contornar e uma imensidão de dunas para escorregar.

3.8.10

Queria tanto passar por aqui

com a genica do costume, com delícias das meninas para contar, com manias minhas para confessar, com coisas. Coisas parvas. Coisas cómicas. Coisas insignificantes. Coisas importantes. Mas cada vez tenho menos vontade. E não sei se é por estar saturada, se é por falta de imaginação, falta de pachorra para florear um texto ou se são as miúdas que não me andam a dar matéria prima para pôr este blog a mexer. Mas várias vezes pensei em pôr um ponto final neste espacinho, mas depois tenho pena, porque mesmo não vindo cá muitas vezes, gosto do que vai ficando registado nas outras vezes.

Mas perdoem-me a ausência. Pode ser que das férias traga alguma animação. Pelo menos podem contar com fotos paradisíacas. Este ano vamos deixar-nos de brazuquices e vamos apanhar quatro aviões até às Maldivas. Quatro aviões. Os quatro. Com escalas e muitas horas acima das núvens. Com uma mãe que quase que colapsa cada vez que o avião tem que descolar. Uma filha pequena que não dorme nos aviões. Talvez um Lorenin misturado num suminho ou um Xanax dentro de uma goma ajude. Outra filha, crescida mas com um "falta muito?" na ponta da língua.

São quase 24 horas de viagem. E atenção que não me estou a queixar. Quando decidimos, sabíamos no que nos estávamos a meter. Mas enfim, só há poucos dias fizemos as contas às diferenças horárias em voo e percebemos que o voo maior (de quase 8 horas) calha num período horário em que elas ainda não vão ter ponta de sono. E que depois a noite delas calha num mísero voo de 4h30. Ou seja, com os adormeceres complicados da Rita, provavelmente vamos todos dormir duas horinhas e logo a seguir temos a aventura de um hidroavião por cima dos atóis turqueza. Não vou precisar de café. Acho que só o hidroavião e os seus motores barulhentos vão-me pôr em sentido durante umas horinhas. E depois temos tempo para pôr o sono em dia. Isso intercalado com todo o "nada" que há lá para fazer. Que é mesmo o que nos apetece.

Por isso, até ao meu regresso. Com a mala cheia de coisas importantes e outras nem por isso. Com cheiros que nos transportam para lugares quentinhos que nos aconchegam o coração. Só de pensar. E fotos para ampliar. E aventuras para contar durante um jantar com amigos. E barrigas gordas de tanto comer. E segredos para esconder. E memórias, muitas memórias...