Há duas coisas que me aborrecem no Continente.

A primeira é logo à entrada ter de passar nas senhoras da Segurança e lhes dar tudo o que é saquinho para elas enfiarem noutros saquinhos. Porque se levo algum saco não consigo passar por ali e fingir que elas não me vêem ou que eu não as vejo. É uma parvoíce, porque sinto que elas me vão marcar logo como potencial ladra, que se está a tentar esquivar. E lá vou eu angelical, muitas vezes para uma fila comprida, cumprir a minha "obrigação". E lá fico eu com um saco enorme cheio de outros sacos, sem asas e mais chato de transportar.

Além de serem umas figuras muito antipáticas que devem odiar ter andado a treinar para serem seguranças e se vêem reduzidas a um trabalho parvo, eu questiono o interesse da sua função. Porque depois de fecharem o saco a quente, ele não se torna de repente inviolável. Quem quiser abre o saquinho discretamente e lá se vai o trabalho das senhoras por água abaixo. Porque não há ninguém à saída que controle se o saco foi ou não rasgado. Será que resulta como dissuasor? Mas penso que quem quer roubar não se intimida com um simples saquito colado a quente que se abre num segundo.

E depois a quantidade de sacos que se gasta diariamente nesta operação. Não anda meio mundo a cobrar sacos de plástico nos supermercados para reduzirmos o seu impacto ambiental?

A outra coisa são as promoções de 50% em cartão Continente. Fico sempre no dilema na altura em que compro algo abrangido por esta promoção, se estou a comprar esse produto a metade do preço ou se mais tarde vou poder comprar alguma coisa de graça com o desconto que recebi nessa compra. Desconto mental imediato ou borla ao retardador?