Ontem

na companhia da Vertigem Azul, fomos ver os golfinhos do estuário do Sado. Há muitos anos atrás fiz a viagem num bote semi-rígido e a sensação era de mais proximidade, mas mesmo neste catamarã o passeio não nos desilude de maneira nenhuma, vemos muitos golfinhos que nadam junto das embarcações e mesmo perto da costa. Dá ideia que estão habituadíssimos e que sabem que têm a "obrigação" de se mostrar. E mostram-se muito. Perto e longe. E são tão bonitos.

Depois a viagem continua até à Arrábida onde podemos dar um mergulhinho numa enseada linda. Mas aviso já, que mesmo num dia quente como o de ontem, a água estava congelante.

Decidimos depois jantar ali por Setúbal num daqueles restaurantes à beira da estrada, perto das praias, cheios de mesas cá fora, com música pimba, um restaurante popular, cheio de gente, deve-se comer mesmo bem. Não. Comeu-se muito mal, um barrete do tamanho do mundo. No fim não tinham cartão, o Nuno teve que ir ao centro de Setúbal de carro levantar dinheiro e só ao 4º MB conseguiu levantar cheques, porque as máquinas estavam todas sem dinheiro.

Demorou eternidades e a Rita estava especialmente descompensada. Que queria fazer cocó no bacio. Não há bacio Rita, fazes aqui na fraldinha*, porque àquela casa-de-banho não vou nem que me dêem o euromilhões. Mas que não, que não, que queria o bacio, e birra para aqui e birra para ali que até despiu as cuecas no meio do restaurante. E a gritaria (que nem é nada habitual nela). No meio disto tudo só me apetecia dar uma trolitada no senhor que estava a cantar e deixar bombinhas de mau cheiro no restaurante.

No fim ainda conseguimos cometer o erro de, num dia como o de ontem de fim de férias de milhões de portugueses, nos enfiarmos para Lisboa pela ponte 25 de Abril. Para rematar o barrete.

*atenção que ela já não usa mesmo fraldas, mas tenho sempre uma na mala para este estilo de situações.