17.9.09

Hoje

de manhã recebi no meu email esta surpresa da minha sogra. Nunca tinha visto esta foto e já nem me lembrava de quão cabeluda era a Rita quando nasceu. Aqui tinha poucos dias de vida e um cabelo que metia respeito. Tão pequenina. A mãozinha quente. O corpinho mole e relaxado. O remoinho no cabelo. Aquele cheirinho a natas.

As coisas na escola estão em fase dejá-vu. Depois dos dois primeiros dias terem corrido lindamente, voltámos ao filme do costume com a Rita a ter que ser arrancada do meu colo à força enquanto chora lágrimas gordas e me suplica que fique. Relembrei-me de como é angustiante ter que lhe voltar as costas e seguir em frente, ignorar o choro e sair depressa. Porque é isso que dizem, não prolongar, não prolongar. Despeço-me mas acho sempre que fica mais um beijinho por dar, mais um abraço protector, mais palavras tranquilizadoras por dizer. E detesto, detesto vir embora com esta sensação amarga. Chego a sentir dor física por ter que o fazer.

Não estava mentalizada para este 2º acto. Mas tento pensar na atenuantes, nos amigos que já conhece, nos adultos que a mimam e nos cantos da casa que já lhe são familiares. Agora é só uma questão de tempo. Que tudo cura.

9 comentários:

Clo disse...

Ai Inês, mas dói tanto... que mania temos de nos culpabilizar de tudo e de ficar a pensar que podíamos ter feito a coisa de outra maneira... mas não podemos, que isto é mesmo assim!!! Até eu tive vontade de chorar quando acabei as férias e vim trabalhar! E olha que já conhecia as pessoas e os cantos à casa... ah, se calhar foi por isso... ;) Bjs

Catarina Trindade disse...

Olha amiga....há poucas coisas que o tempo não cura. Apesar destes momentos arrepiarem e de acharmos que podíamos tê-las até mais tarde em casa, a mimá-las não há mto que possamos fazer. A Ritinha claro q se vai habituar. E vai aprender a lidar com a Escola ... crescer é isto mesmo. Crescem elas e crescemos nós também ;D
Bjs gds

Menina Rabina disse...

Custa muito deixá-los assim! Eu nunca permiti que me arrancassem a Marta do colo e dava mais um beijinho e mais um abracinho. Prometia-lhe que lhe fazia adeus à janela e conseguia convencê-la a não ficar a chorar... e ela acabava por ficar bem.
Mas cada caso, é um caso. Com uns funciona bem de uma maneira e com outros de outra.
A Ritinha vai acabar por ficar bem! Agora no princípio custa mais!

Menina Rabina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Menina Rabina disse...

O comentário eliminado era meu... estava em duplicado ;)

Umbigo disse...

Clo, gostei dessa observação no fim. ahahah

pois é Catarina, já alguém dizia que "crescer, dói"

Alexandra, eu não consigo que ela não seja arrancada. é mais uma passagem de testemunho, mas como ela se agarra a mim tipo lapa tem mesmo que ser arrancada (gentilmente, claro). porque por muito que até esteja calma qd lá estou, basta saber que me vou, para começar a chorar.

enfim, há-de passar.

joana disse...

Ai Inês, como te compreendo. E pior...o Martim fica a chorar todo o dia, não quer brincar e está todo o dia a dizer que está só à espera da mãe, e a suplicar para me telefonarem para o ir buscar.

E a lengalenga começa logo de manhã quando se levanta...~e isto já dura à 2 semanas, com evoluções muito lentas...

Pede e implora para não ir para a escola logo que se levanta.

Custa tanto, mas temos sempre que pensar que eles se vão adaptar. É só uma questão de tempo...

beijinhos
joana

Umbigo disse...

ai Joana, coitado do Martim... é o 1º ano de escola dele?

perdi o rasto do teu blog, ainda tens?

Menina Rabina disse...

É isso! Há-de passar! Mas custa horrores deixá-los assim... o único consolo é saber que quando voltamos para os ir buscar estão bem e a brincar!
É só uma chantagenzita emocional que eles tentam fazer connosco ;)
Quando percebem que não cola, desistem ;D