25.1.11

Este ano decidimos



fugir ao Inverno (e que Inverno...) e lá fomos passar a passagem do ano ao México, onde há 8 anos eu e o Nuno tínhamos estado durante 15 dias numas férias maravilhosas.
Para lá estivemos 13 horas fechados num avião, numa viagem que se faz em 9 horas. O ventos estavam contra e tivemos que parar nos Açores para reabastecer. Maravilha, mais uma aterragem e descolagem, que é aquele tipo de coisa que não me enerva nada e ainda por cima nos AÇORES. Perfeito. Uma hora no avião e depois mais 9h até Cancun. A velocidade realmente não passou dos 600 km/h que não é muito normal para um avião daqueles, por isso devíamos ter mesmo um Adamastor a soprar para estes lados.

No meio do pesadelo que é estar 13 horas fechados num tubo com asas, ainda levei com um portátil na fronha. Já começa a ser um clássico abrirem os compartimentos da bagagem de mão e eu apanhar sempre com qualquer pesada em cima. Parva sou eu de não me proteger cada vez que alguém num raio de 100 metros estica os braços para abrir as portinhas de cima. Mas neste caso estava de olhos fechados e portanto levei com um porta-aviões no nariz e nem sabia bem onde estava. Claro que fiz a fita do costume de ficar quase a desmaiar a pensar numa fractura exposta e depois de me recompor e perceber que tinha sobrevivido a mais uma provação divina num tubo metálico com asas, relaxei. O que é facto é que um mês depois ainda me dói o nariz quando me assoo, por isso tenho que ir ver se há alguma coisa a fazer ou se é mesmo esperar e não levar com mais surpresas na cachola. Podia ter-me endireitado logo o septo nasal e poupava-me uma ida à faca.
Isso é que era.

No México, os primeiros dois dias estiveram assustadoramente frios. E eu que sou sempre prevenida e levo roupa para dar e vender, desta vez, e mesmo sabendo que não estava calor por aí além, fui uma optimista. Alças, calções e vestidos. Rapei um grizo especialmente à noite mas depois a coisa lá se compôs e tivemos uns dias fabulosos, sempre ventosos, mas quentinhos.


A Joana apaixonou-se pelo Tiago Dores que estava no mesmo hotel que nós, ele e o outro que mesmo quando fala normalmente, parece uma personagem. E ainda teve direito a um autógrafo bem esmiuçado. E ficou feliz.

O jetlag é que foi maior do que estávamos à espera. 6 horas de diferença é muita fruta para uma viagem de uma semana e portanto às 21h as miúdas apagavam quer estivessem à mesa ou a ver um espectáculo musical com decibéis pouco recomendáveis. Acho que nunca as tinha visto com tanto sono na vida. Claro que a amiga Rita, que faz sempre questão de ser o despertador das férias, não houve um dia que acordasse depois das 6h30 da manhã (claro está, já era 12h30 de cá...) o que fez com que lhe rogasse algumas pragas, daquelas bem feias, diariamente.

A noite de fim d'ano foi espectacular, super bem organizada e muito divertida. Lá está, as miúdas aguentaram com muito esforço até às 22h e depois adormeceram para lá espalhadas numas cadeiras e a Joana só acordou para ver os foguetes com um olho para cada lado, sem saber bem onde estava mas a Rita mesmo com muito abanico, não abriu sequer um dos olhos e ficou desolada no dia seguinte de não ter visto os foguetes. E as crianças gostam mesmo de foguetes.

Ainda tivemos o prazer de privar com o verdadeiro pai natal que estava lá de férias. Imaginem o pai natal de calções de banho. A barba, a barriga, tudo. Era assim. Com o pormenor de andar sempre com tshirt vermelha e dizer oh oh oh cada vez que as miúdas passavam por ele de olhos esbugalhados. Foi o delírio. Até eu quase acreditei.

No voo para cá fiquei ao pé de umas pré-adolescentes em amena cavaqueira. De repente, ainda antes de descolar vira-se uma para a outra com ar de pânico, dá-lhe as mãos e diz: estou com um mau pressentimento de que este avião vai cair. Pronto. E foi assim com muita alegria que cheguei a Portugal. Ainda com tudo no sítio.

(As fotos são poucas. Como nada era novidade, acabei por filmar mais a galhofa entre elas e tirei poucas fotografias.)

5 comentários:

Catarina Trindade disse...

Ai que lufada de ar fresco ao ler o teu blog......

Que giro! Alguns pormenores já sabia mas com as fotos é muito melhor!!!!

E pronto...lá veio a Joanita com mais uma paixão. Deixou o das Maldivas para se apaixonar por um MExicano. Nada mau :)

Continua amiga pq gosto TANTO de ler-te!!!!!

Anjo De Cor disse...

Adoro ver as tuas fotos, voces são a familia que eu conheço que viaja mais, só me dou com pobres tá mais que visto, heheheheheh ;)
Adorei as fotos ! tenho uma amiga de correspondencia do Mexico e recebo muitas fotos de lá ;)
Beijinhos e um Feliz Ano*

Patricia Gonçalves disse...

Amei o post...(como sempre)!
:)

Anónimo disse...

Adorei ver a vossa alegria :D

SAF disse...

Saudades das tuas histórias! Que boa entrada em 2011. Eu com inveja daquele e do outro, sou fã como a joana e se fosse eu "mandava" o Vicente pedir um autografo para mim!!! bjs