24.6.09

Na semana passada

a Joana quis porque quis experimentar uma aula de ténis. Esteve num alvoroço até ao dia em que a levei ao meu professor para brincar um bocadinho. Durante a aula quase não abriu a boca, reservada até mais não. Mas andava por ali toda saltitante a fazer os pequenos exercícios com e sem raquete. Gostou muito dos jogos sem raquete mas na rede perdeu todo o entusiasmo quando percebeu que não conseguia acertar na bola. Achei que tinha gostado, mas no fim disse-me que não queria voltar.

E esta é a minha Joaninha. Detesta falhar e sentir que não consegue. Desiste muito facilmente e tem horror a perder. Já lhe explicámos que tudo se aprende devagarinho, que mesmo para ler tem que aprender letra a letra e que no ténis ou em qualquer desporto é assim também. Quem vê de fora deverá achar que somos hiper-exigentes com ela e que por isso tem esta intolerância à falha. Nada disso, acho mesmo que somos o contrário no que diz respeito às habilidades dela. E o elogio não é fácil de dosear. Se se elogia demasiado, tendem a ficar convencidos. Se se elogia pouco, têm pouca auto-confiança. No meio está a virtude, já se sabe, mas é complicado perceber a fronteira entre elogios a mais ou a menos. Mas apesar de tudo, acho que peco mais por excesso do que por defeito e por isso é-me difícil entender esta exigência extrema consigo própria.

Ficou combinado que quando quisesse voltar, que me dizia. Agora estamos na fase natação. Quer experimentar porque tem lá duas amigas da escola.

De resto andei a receber com frequência más notícias em relação ao seu comportamento na escola. Faladora até mais não, desobediente, desconcentrada e muito agitada. Em casa também andava difícil, quezilenta com a Rita, birras constantes de se atirar para o chão a pontapear o ar, bichinho carpinteiro à mesa e desobediência crónica. Andou semanas e semanas a levar prensas diárias. O comportamento na escola continua agitado, motivado também pela algazarra de fim do ano, muitos ensaios para a festa de fim do ano, a festa de finalistas, passeio para aqui, passeio para ali e comportamento geral da sala. Mas em casa mudou do dia para a noite. Está muito mais calma, muito mais diplomata com a Rita principalmente. As queixinhas diminuiram para menos de metade e já não lhe sai uma bordoada cada vez que a Rita a chateia até ao miolo ou que lhe estraga uma brincadeira. Ajuda-me a arrumar as compras, já põe a roupa suja no bidé, já não acorda às 3h30 da manhã a pedir para lhe coçar o olho e já não faz birras para lavar os dentes ou para se ir deitar.

Está completamente zen a minha filha. Uma pessoa até desconfia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho q é assim....a B a 1ª reacção é dizer n sou capaz, n sei!!! É desesperante.
o colégio distraida como sempre mas atinada. Em casa tem dias. Ora obdece ou dá-lhe para a teimosia constante. Cansada, mt cansada...e eu tb!!!! Ajudante nas tarefas caseiras e de vem em vez já vai arrumando o quarto dela. O resto sp gostou de arrumar mas o quarto é uma luta...enfim. Acho q estão a crescer!
Catarina