morreu o peixinho da Rita. Tinha-o recebido no dia de anos, em Março deste ano. De manhã estava caído no fundo do aquário e ela pensava que ele estava a dormir. Mas como não lhe ligou grande coisa e a mim não me apeteceu guardá-lo para o enterrar mais tarde achei que era aceitável a ideia de ir pela sanita abaixo para ir dar ao mar e ir ter com a sua mamã. Para a Joana esta explicação não fazia sentido. Mas então os cocós vão dar directamente ao mar? Lá lhe tive que explicar que estes floreados eram todos para a Rita não ficar triste.
Cerimónia fúnebre concluída com peixinho na sanita e um flor atirada em jeito de despedida, a Rita puxa o autoclismo e sai como se nada fosse. Passados uns minutos começo a ouvir um choro baixinho. Lá estava ela enrolada num canto do quarto, com lágrimas a correr pelas bochechas (uma com o dobro do tamanho por causa da picada de um mosquito), que queria o peixinho, que tinha saudades do peixinho. Fiquei com um peso na consciência enorme, achei que ela não estava nem aí para a morte do animal e optei pela solução mais rápida. Se soubesse que ela ia reagir assim, tinha dito que sim, que o peixe estava a dormir uma bela soneca e sem ela perceber tinha-o substituido por um igual mas menos moribundo e a rapariga não teria que ter lidado com a morte e com uma despedida em frente a uma retrete.
Prometi um igualzinho para o dia seguinte. Até dois se ela quisesse, mas o choro continuou. Chegou mesmo a acordar às quatro da manhã a choramingar que tinha saudades do peixe. Depois de enterrar tudo o que não mexia num raio de um quilómetro no último fim-de-semana no Alentejo, este peixe tinha merecido melhor destino. Todos os peixes que alguma vez tive, foram enterrados com dignidade. Não sei o que me deu.
A preguiça é uma coisa muito feia.
Cerimónia fúnebre concluída com peixinho na sanita e um flor atirada em jeito de despedida, a Rita puxa o autoclismo e sai como se nada fosse. Passados uns minutos começo a ouvir um choro baixinho. Lá estava ela enrolada num canto do quarto, com lágrimas a correr pelas bochechas (uma com o dobro do tamanho por causa da picada de um mosquito), que queria o peixinho, que tinha saudades do peixinho. Fiquei com um peso na consciência enorme, achei que ela não estava nem aí para a morte do animal e optei pela solução mais rápida. Se soubesse que ela ia reagir assim, tinha dito que sim, que o peixe estava a dormir uma bela soneca e sem ela perceber tinha-o substituido por um igual mas menos moribundo e a rapariga não teria que ter lidado com a morte e com uma despedida em frente a uma retrete.
Prometi um igualzinho para o dia seguinte. Até dois se ela quisesse, mas o choro continuou. Chegou mesmo a acordar às quatro da manhã a choramingar que tinha saudades do peixe. Depois de enterrar tudo o que não mexia num raio de um quilómetro no último fim-de-semana no Alentejo, este peixe tinha merecido melhor destino. Todos os peixes que alguma vez tive, foram enterrados com dignidade. Não sei o que me deu.
A preguiça é uma coisa muito feia.
7 comentários:
coitadinha da Rita...
oh não !
Bolas, às vezes é mesmo dificil prever certas reacções.
Boa sorte com o proximo peixinho :)
Os peixes é um animal muito frágil e delicado que morre com uma certa facilidade, penso que não é uma boa opção para as crianças que reagem com tristeza a morte... um passarinho, um cão, um gato é melhor opção ;)
Beijinhos*
xiii inês loll
nem parece teu :P
tens que te redimir perante a Ritinha.
bjinhos grande de conforto a pequenita
Como é que podias adivinhar? Olha... paciência...
Já lhe commpraste o peixinho pelo menos??????
Compra-lhe outro. Leva-a à praia e, pegando no raciciocinio que tudo lá vai dar, deita umas florinhas nas ondas...pode ser que coisa se componha..digo eu que fiqueid e coração partido a imaginar o que aqui contas!
bjs
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