
Sem grandes produções de peças de teatro como se vê muito por outras escolas, mas muito melhor para nós pais, porque foi uma festa muito pessoal com o enfoque como tem que ser: em cada um deles e na história que tinham para contar. Foi tudo muito envolvente e tocou-nos directamente no coração. Com o filme "Música no Coração" como tema, cantaram muitas músicas com letras adaptadas, a educadora contou um bocadinho da história deles desde os 2 anos, eles falaram dos seus medos em relação ao 1º ano e ainda foram ao microfone apresentar-se com um adjectivo. "Olá, eu sou a Joana e sou muito barulhenta!"
Foram momentos muito comoventes e simbólicos como a chamada deles um a um para receberem o diploma no palco, darem um beijinho e abraço de despedida à sua educadora e correrem para a sua nova professora. Aos saltinhos lá iam eles, enquanto nós mães nos desfazíamos em lágrimas na assistência. Pensar que acabou esta etapa da vida deles, com uma educadora tão especial que tudo fez para criar uma ponte sólida entre a escola e os pais. Rompeu com muitos dogmas, dinamizou, lutou contra o cinzentismo enraizado, introduziu festas que até aí nunca tinham existido, criou 1001 projectos com os pais e dedicou-se de corpo e alma aos nossos filhos. E por isso nesta passagem, fica um vazio. Educadora e mães encontram-se num estado de neura geral. Quando for a festa de finalistas do 4º ano acho que temos todas uma síncope.
A sala deles sempre foi vista no Colégio como uma turma especial, muito muito unida e isso deve-se também ao contexto extra-escola em que nós mães e pais tivemos um papel fundamental. Somos um grupo de mães também muito unido, muito dinâmico e participativo e criaram-se verdadeiras amizades. Tenho orgulho em pertencer a este grupo e fico feliz da Joana ter a sorte de ter calhado nesta turma deliciosa.
Por isso tudo continua, só uma parte terminou.