
fazes hoje 7 anos e qualquer dia já lês o meu blog. Tu que já lês, tão crescida que estás.
Ando um bocado irritada com isto do tempo voar. De repente já passou e caiem-te os dentes e nascem-te umas chiqueletes, o cabelo vai perdendo os cachinhos e o pé está quase maior que o meu. Já me pedes para não ficar ao teu lado no cabeleireiro, oh mãe, não é preciso ficares ao pé de mim, vai ver os ganchos. Não era isto que eu pedia há uns anos? Que não fossem tão dependentes de mim, que me dessem espaço e de repente eu quero as noites mal dormidas outra vez.
...
Nãã, pfff, não exageremos. Quero as bochechas e a barriga espetada. Noites mal dormidas esquece lá isso. Estás alta e continuas a acordar com dores de crescimento do diabo durante a noite.
Páras? Fica pequenina.
Continua a rir-te quando te faço brrrrrr no pescoço. Não deixes de me pedir para me deitar contigo e dizer uma coisa boa e uma coisa má do dia. Apesar de muitas vezes não me apetecer, sei que vou ter saudades quando fores adolescente e tonta e já não me quereres no teu quarto. Dá-me a mão na rua. Continua a ser a primeira a vir para a mesa quando chamo para jantar. Continua a ter adoração à tua família e a dormir com fotografias debaixo da almofada de quem tens saudades nesse dia. Continua a usar ganchinhos e a ter boas notas. Perde lá esse teu mau-perder. Continua a fazer rir os primos bebés e a contar histórias aos avós e novidades aos tios. Mete a camisa para dentro da saia e puxa o autoclismo. Que luta esta do autoclismo. Modera lá as tuas hormonas que te fazem chorar atirada para o chão e rir à gargalhada cinco segundos depois. Há dias que pareces que estás com SPM, tais são as mudanças repentinas de humor.
Continua a andar com a Florbela para todo o lado e comigo a resmungar que depois não a carrego. Continua a coleccionar rolos de papel higiénico para depois pintar. Depois não pintas mas é giro ter um roupeiro cheio de rolos vazios. Continua a acreditar no Pai Natal e na fada dos dentes que nunca te deixa um presente, são sempre moedas de um euro, a forreta. Continua a lembrar-me de te dar a semanada e a deixar-me escolher a tua roupa. Põe de lado a ciumeira da Rita, deixa-te lá disso. Continua a pensar numa vaca num campo cheio de flores cada vez que tens um sonho mau. E a perguntar-me quando fungo pelo nariz, se estou constipada ou se estou triste. Sê mais generosa e humilde. E continua a defender quem está em "apuros", mas por favor não andes à estalada no recreio. E continua a fazer-me rir quando me zango e me dizes que estou a usar muitos pontos de exclamação.
Ai de ti que fiques mais alta do que eu antes dos doze anos.
Continua a ser uma menina linda, por dentro e por fora.
Parabéns! Lê lá: Paa - raa - béééns !
Ando um bocado irritada com isto do tempo voar. De repente já passou e caiem-te os dentes e nascem-te umas chiqueletes, o cabelo vai perdendo os cachinhos e o pé está quase maior que o meu. Já me pedes para não ficar ao teu lado no cabeleireiro, oh mãe, não é preciso ficares ao pé de mim, vai ver os ganchos. Não era isto que eu pedia há uns anos? Que não fossem tão dependentes de mim, que me dessem espaço e de repente eu quero as noites mal dormidas outra vez.
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Nãã, pfff, não exageremos. Quero as bochechas e a barriga espetada. Noites mal dormidas esquece lá isso. Estás alta e continuas a acordar com dores de crescimento do diabo durante a noite.
Páras? Fica pequenina.
Continua a rir-te quando te faço brrrrrr no pescoço. Não deixes de me pedir para me deitar contigo e dizer uma coisa boa e uma coisa má do dia. Apesar de muitas vezes não me apetecer, sei que vou ter saudades quando fores adolescente e tonta e já não me quereres no teu quarto. Dá-me a mão na rua. Continua a ser a primeira a vir para a mesa quando chamo para jantar. Continua a ter adoração à tua família e a dormir com fotografias debaixo da almofada de quem tens saudades nesse dia. Continua a usar ganchinhos e a ter boas notas. Perde lá esse teu mau-perder. Continua a fazer rir os primos bebés e a contar histórias aos avós e novidades aos tios. Mete a camisa para dentro da saia e puxa o autoclismo. Que luta esta do autoclismo. Modera lá as tuas hormonas que te fazem chorar atirada para o chão e rir à gargalhada cinco segundos depois. Há dias que pareces que estás com SPM, tais são as mudanças repentinas de humor.
Continua a andar com a Florbela para todo o lado e comigo a resmungar que depois não a carrego. Continua a coleccionar rolos de papel higiénico para depois pintar. Depois não pintas mas é giro ter um roupeiro cheio de rolos vazios. Continua a acreditar no Pai Natal e na fada dos dentes que nunca te deixa um presente, são sempre moedas de um euro, a forreta. Continua a lembrar-me de te dar a semanada e a deixar-me escolher a tua roupa. Põe de lado a ciumeira da Rita, deixa-te lá disso. Continua a pensar numa vaca num campo cheio de flores cada vez que tens um sonho mau. E a perguntar-me quando fungo pelo nariz, se estou constipada ou se estou triste. Sê mais generosa e humilde. E continua a defender quem está em "apuros", mas por favor não andes à estalada no recreio. E continua a fazer-me rir quando me zango e me dizes que estou a usar muitos pontos de exclamação.
Ai de ti que fiques mais alta do que eu antes dos doze anos.
Continua a ser uma menina linda, por dentro e por fora.
Parabéns! Lê lá: Paa - raa - béééns !